Hytalo Santos é preso após acusações
Na sexta-feira, 15 de agosto de 2025, a Polícia Civil de São Paulo, com apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB), do Ministério Público do Trabalho (MPT). e de outras instituições, prendeu o influenciador digital Hytalo Santos e o marido dele. Israel Nata Vicente, em um imóvel de Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo.
Os agentes surpreenderam o casal enquanto dormia, na casa alugada com piscina e área de convivência ampla. A equipe monitorou o endereço por dias e fez buscas também na Paraíba, onde encontrou a residência oficial de Hytalo vazia e abandonada.
Mandado de prisão e base legal
A Justiça da Paraíba, por meio da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, expediu o mandado de prisão preventiva. O juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa identificou indícios de tráfico de pessoas, exploração sexual de menores, trabalho infantil artístico irregular e constrangimento ilegal.
O juiz Adhailton Lacet Correia Porto, da Vara da Infância e Juventude de João Pessoa, determinou que as plataformas bloqueassem a monetização. E suspendessem os perfis do influenciador e apreendessem os equipamentos eletrônicos.
Denúncias que impulsionaram a investigação
As investigações começaram no final de 2024, após denúncias sobre a suposta “adultização” de crianças e adolescentes em vídeos e publicações.
O caso ganhou força em 6 de agosto de 2025, quando o youtuber Felca publicou um vídeo de denúncia intitulado “adultização”, apontando que o influenciador promovia esse tipo de comportamento nas redes sociais.
Nesse vídeo, que acumulou dezenas de milhões de visualizações, Felca mostrou adolescentes em danças sensuais, beijos e respondendo perguntas como: “já pulou a cerca?”, “já pegou mais de quatro na balada?” ou “já teve vontade de ficar com pai, mãe, primo ou tio de um amigo?”.
O grupo de jovens que aparecia nos conteúdos ficou conhecido como “Turma do Hytalo” e recebia o tratamento informal de “filhos”, embora Hytalo não tivesse realizado adoção legal.
A operação e as apreensões
A equipe da DIG/DEIC de São Paulo cumpriu o mandado preventivo e realizou buscas na casa de Carapicuíba. Os policiais apreenderam oito celulares e um veículo.
Nenhum menor esteve no local durante a abordagem. A operação contou com a participação do Gaeco, do Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal. e dos ministérios públicos da Paraíba e do Trabalho.
Consequências imediatas e repercussão
Após a prisão, as plataformas desativaram as redes sociais de Hytalo e suspenderam a monetização dos conteúdos. portanto A Justiça também proibiu o influenciador de manter contato com menores.
O MPPB alertou que o vazamento de informações sigilosas prejudicou as investigações e expôs as vítimas a riscos. O órgão reforçou a necessidade de tratar o caso com respeito e evitar sensacionalismo.
Os promotores chamaram atenção para a gravidade do tráfico de pessoas em nível estadual. crime que muitas vezes passa despercebido, mas provoca impactos severos nas comunidades.
Posicionamento da defesa
O advogado Sean Abib, que representa Hytalo Santos, afirmou que ainda não recebeu a íntegra da decisão judicial. Ele reafirmou a inocência do cliente e informou que, assim que analisar o processo, pretende adotar todas as medidas judiciais cabíveis, incluindo um possível pedido de Habeas Corpus.
Em síntese portanto , a prisão de Hytalo Santos e do marido dele ocorreu em 15 de agosto de 2025. As autoridades investigam suspeitas graves envolvendo menores e exploração digital.
A força-tarefa que atuou no caso prendeu o casal, apreendeu equipamentos, bloqueou as redes sociais e limitou o contato com menores. A defesa considera a prisão uma medida extrema e aguarda o acesso ao processo para definir os próximos passos.